segunda-feira, 19 de outubro de 2009

O supremo absurdo: Sintomas do pseudocristianismo.


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“Homossexualidade: A Bíblia não condena!”. Muito mais absurda do que a afirmação em si é sua procedência: Uma suposta organização evangélica.

Nome mais do que pertinente. Esta instituição pseudocristã é completamente contemporânea á filosofia moral e comportamental atualmente em voga que mistura, não por ignorância, mas por lúgubre conveniência, o amor incondicional de Jesus manifesto na Cruz com seu repúdio pelo pecado.

Se a Bíblia realmente fornece veracidade a esta sutil e enganosa linha de raciocínio, abre-se um exorbitante precedente para as declarações abaixo:


- Deus ama o ladrão e, por isso, aceita seu comportamento. No entanto, devemos deixar que ele exerça, com total liberdade, sua opção. Pois, criar alternativas com a finalidade de coibir tal prática ou para que ele a abandone, é preconceito.

- Deus ama o assassino e o aceita com todo o prazer que ele nutre por tirar a vida de outra pessoa. Tentar fazê-lo mudar de conduta, é preconceito. Artifício que não conta com a participação de um Deus que ama a todos igualmente.

- Um usuário de drogas é amado por Deus. Por isso, Ele não oferece nenhum empecilho para que este desfrute de sua “curtição”. No entanto, deixemos que ela viva na “liberdade” de seu vício e arque com as conseqüências de suas escolhas. Querer ajudá-lo com o louvável intento de preservar sua vida, é preconceito...


Quanta incongruência! Inúmeras outras poderiam ser citadas aqui, se o argumento disseminado por declarações como a do outdoor acima fosse sancionado como verdade absoluta e irrefutável. Algo em franca iminência...

Este contingente usa, com alta dose de sagacidade, uma verdade para anular outra. Usam como argumento o fato de que Deus ama a todos de maneira incondicional para anular a verdade de que este mesmo Deus não tolera o pecado (em nenhuma circunstância). Assim como a serpente, a mais sagaz de todas as criaturas, usou de uma retórica ludibriosa para levar a mulher a desobedecer a Deus e atrair sobre ela a maldição do pecado (Romanos 5:12), ela, personificada, pasmem, até por “igrejas evangélicas” utiliza o mesmo artifício.


A Bíblia diz que a serpente abordou Eva dizendo que ela não sofreria conseqüência caso se alimentasse do fruto ilícito. “Ora, a serpente era mais astuta que todas as criaturas do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis”. (Gênesis 3:1-4).


O mesmo discurso ecoa sobre a humanidade: “O amor de Deus é incondicional, por isso, Ele não punirá ninguém pelo seu pecado. Isso é coisa de fanáticos preconceituosos. Venham, Ele os aceita com todos os seus pecados”.

Deparando com distorções tão sérias como essa, vejo de maneira cada vez mais latente a contextualização da realidade profetizada há séculos atrás pelo apóstolo Paulo; “mas o deus deste século cegou o entendimento das pessoas para que não lhes resplandeçam a luz do evangelho”. (II Coríntios 4:4).

Particularmente, não creio que pessoas que se dizem cristãs e afirmam conhecer a Bíblia façam uma afirmação tão esdrúxula como a aqui analisada simplesmente por ignorância bíblica ou interpretação errônea das Escrituras. Textos como os registrados em todo o capítulo 1 de Romanos e também em I Coríntios 6:10 explicitam, de forma contundente, o repúdio de Deus a tal prática. No entanto, os que negam tais exortações estão terrivelmente cegos para não verem algo tão claro.


Temos sim, que, a exemplo do chamado de Deus ao profeta Ezequiel, alertarmos as pessoas no tocante aos seus maus caminhos. (Ezequiel 3:18-19). Contudo, sem nos esquecermos da verdade de que é o Espírito Santo, apenas Ele, capaz de convencer uma pessoa de seu pecado, da justiça e do juízo divino. Mas, em amor, devemos fazer nossa parte. É o que faço aqui ao afirmar: A Bíblia condena a homossexualidade, mas ama e aceita o pecador arrependido e que, a exemplo da mulher samaritana, da adúltera prestes a ser apedrejada e muitos outros personagens narrados nas Escrituras, abandonam a conduta do pecado. Ou seja, que produzem frutos de arrependimento (Evangelho segundo Mateus 3:2 e 8) a fim de serem livres para viver a vida abundante que Ele, Jesus, veio oferecer como prova deste amor, como diria o romancista russo, Dostoievski; “imensurável até o absurdo!”. (Evangelho segundo João 10:10). Este sim é o supremo absurdo que a Bíblia nos convida a vivermos...

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